Como
instalar um rádio CB em móvel :
INTRODUÇÃO
Se os aparelhos fixos não
necessitam de operações de instalação
especiais, os " transceivers " móveis
exigem por sua vez uma montagem especial pois
são destinados a serem usados num veículo, num
barco ou até em moto.
Os aparelhos móveis e o respectivo microfone
são fornecidos com os acessórios necessários
à sua fixação: uma placa de fixação e
parafusos para o aparelho, o micro e o cordão de
alimentação munido de um fusível. O cabo
coaxial é igualmente fornecido com a antena,
sendo necessário obter uma ficha coaxial "
PL ", destinada a ser ligada ao aparelho e
que será soldada ao cabo coaxial.
A instalação de um emissor-receptor móvel
comporta duas fases : a escolha de uma
localização para o aparelho e a ligação deste
ao circuito eléctrico da viatura .
FIXAÇÃO
Num automóvel, a escolha
da localização mostrará ser mais ou menos
delicada em função da quantidade de objectos
que rodeiam o aparelho e do espaço disponível.
A montagem deverá permitir uma fácil
manipulação dos comandos, uma boa leitura do
" S - meter - " e da indicação
numérica dos canais, uma desmontagem fácil e
rápida. Além disso, será muito importante que
o aparelho não seja em caso algum susceptível
de afectar a condução ou de ser perigoso em
caso de choque.
Na maioria dos casos, os amadores escolhem para
localização do aparelho a parte inferior do
" tablier " do carro ( não muito perto
da saída de aquecimento ), eventualmente ao
longo da consola auto-rádio ou ainda na caixa de
luvas. Neste último caso, o alto-falante (
situado abaixo do aparelho ) poderá ser um pouco
abafado.
A fixação consiste, em primeiro lugar, em abrir
orifícios destinados a receber os parafusos que
segurarão a placa de fixação. Esta operação
será realizada de preferência com o auxílio de
um berbequim eléctrico.
Atenção ! Quando se abrem orifícios, é
absolutamente necessário verificar se não se
deteriora qualquer fio eléctrico ou outro
elemento situado sob o " tablier ".
Depois de a placa de fixação ser montada, é
possível fixar a ela o emissor-receptor
utilizando os parafusos especialmente previstos
para o efeito. Quanto ao microfone, deve-se
também colocar o seu engate num local
acessível.
LIGAÇÃO
Aos rádios CB chega-lhes
a alimentação de 12,0 V a fim de poderem ser
usados em automóveis. O cordão de alimentação
fornecido com o aparelho compõe-se de dois fios
juntos: um de cor negra ( pólo negativo ) para
ligação à massa, e outro de cor vermelha (
pólo positivo ), munido de um fusível. O
cordão pode ser ligado aos fios de alimentação
da viatura que são destinados, em certos
modelos, ao auto-rádio. Neste caso,
procurar-se-á determinar sem erro o modo de
ligar o aparelho em função das cores dos fios.
Uma outra solução consiste em fixar o fio negro
( pólo negativo ) directamente à massa
apertando-o por exemplo sob um parafuso ou
qualquer outra superfície metálica e ligando o
fio vermelho ao isqueiro ou directamente ao pólo
positivo da bateria. Esta última solução
oferece a vantagem de eliminar um certo número
de parasitas provenientes do motor, da
ventilação ou dos limpa-vidros da viatura, mas
não eliminará todos estes problemas porque a
maior parte dos parasitas são captados pela
antena.
Atenção ! A ligação do cordão de
alimentação ao circuito eléctrico de um
veículo deve ser realizada sem erros de
polaridade; uma inversão pode ser fatal ao
aparelho. Em caso de dúvida deve pedir conselho
a um electricista de automóveis.
A última precaução a tomar consiste em "
arrumar " cuidadosamente o cordão de
alimentação, assim como o cabo coaxial, a fim
de que o condutor não seja afectado. Para evitar
este inconveniente que pode tornar-se perigoso,
far-se-ão passar os fios sob o tapete da
viatura.
SEGURANÇA
Um dos aspectos
importantes que interessa considerar é a
possibilidade de desmontagem do "
transceiver " móvel. É de facto
aconselhável desmontar todos os dias o aparelho.
Se bem que um pouco fastidioso a longo prazo,
esta operação evitará o roubo do material,
pois estes equipamentos são já objecto de
cobiça, ao mesmo título que os auto-rádios. Os
exemplos não faltam. A este título, os novos
emissores-receptores, cujo conjunto de comandos
se encontra incluido no microfone, respondem
perfeitamente a estas exigências. O único
inconveniente é o seu preço.
REGULAÇÃO DA ANTENA
Como se efectua na
prática o ajuste de uma antena móvel ?
A adaptação das impedâncias e suas
características implica o recurso a um pequeno
aparelho de medida: o medidor ROE. Se alguns
aparelhos CB se encontram equipados com um
medidor deste tipo montado em série, não é
isto que acontece na maioria daqueles. A compra
de um instrumento deste tipo representa
normalmente um óptimo investimento na medida em
que a verificação periódica da ROE é
gradualmente recomendada pelos especialistas.
Faço notar que certos aparelhos, chamados
multímetros CB, são capazes de avaliar não
apenas a relação de ondas estacionárias mas
também a frequência e a potência de emissão
de um emissor-receptor. O medidor de ROE
apresenta-se como uma caixa rectangular de fracas
dimensões, contendo :
- Duas tomadas " PL " em cada
extremidade;
- um quadrante graduado, com uma zona vermelha;
- um potenciômetro;
- um comutador de duas posições ( FWD e REF ).
O medidor ROE liga-se à antena através da
tomada PL " indicada com a instrução
" ANT ", e ao emissor-receptor pela
tomada indicada " TRANS " graças a um
cabo coaxial vendido separadamente. Em função
da altura da haste regulável e das indicações
correspondentes lidas no medidor de ROE,
procura-se obter uma adaptação óptima das
impedâncias para o conjunto das frequências (
canais ) cobertos pelo aparelho CB.
O método a
plicar é o seguinte :
- colocar o comutador em
posição " FWD " ( forward );
- carregar no contacto do microfone a fim de
fornecer a energia HF e aplicá-la à antena,
regulando simultaneamente o potenciómetro de
modo progressivo a fim de colocar o ponteiro do
quadrante na extremidade da zona vermelha, no
ponto indicado " SET " ou " CAL
".
- ficandio o aparelho calibrado deste modo,
colocar o comutador em posição " REF
" ( reflected ) sem largar o contacto do
microfone e ler a relação de ondas
estacionárias no quadrante.
A operação de medida deverá primeiramente ter
lugar no canal mais elevado, em seguida no canal
médio e finalmente no canal mais baixo. Se o
valor da ROE é maior no canal mais elevado,
diminui-se a altura da haste regulável até que
a dimensão desta permita aproximar-nos ao
máximo do valor 1
nos três canais. Convém de facto efectuar um
compromisso que permita utilizar o
emissor-receptor em todas as frequências
disponíveis sem que a percentagem de perdas seja
perigosa para os transistores.
De onde pode provir uma
relação de ondas estacionárias excessiva ?
- De uma antena
deficiente: certos " quartos de onda "
móveis são previstos para cobrir apenas uma
vintena de canais e produzem uma ROE elevada
quando são utilizados nos canais superiores ( o
que é proibido ! ). Existem igualmente "
caixas de sintonia ", permitindo adaptar o
material em função da frequência de emissão.
- De uma deterioração da antena na sequência
de um choque.
- De uma má junção entre a antena e o cabo
coaxial ao nível da tomada " PL ".
- De uma impedância imprópria do cabo coaxial (
esta deve ser sempre de 50 ohms ).
- De um mau contacto entre a base da antena e o
plano de massa.
Uma vez realizada a
regulação óptima, a antena poderá ser
directamente ligada ao aparelho ( apertando a
ficha " PL " a fundo ) que será assim
utilizada de modo a aproveitar da melhor maneira
as suas possibilidades e sem riscos. Finalmente,
uma verificação regular da antena será sempre
bem vinda.
Atenção ! Aquando da
primeira regulação a antena com o medidor de
ROE, deve emitir durante o mínimo tempo
possível a fim de não colocar os transístores
de saída em perigo e para não interferir num
contacto em curso.
Aumentar ou
diminuir a antena ?
Canal Inferior - Canal Médio - Canal Superior -
Antena
1º.
caso - ROE elevada - ROE média - ROE fraca >
Aumentar
2º.
caso - ROE fraca - ROE média - ROE elevada >
Diminuir
3º. caso
- ROE média - ROE fraca - ROE média > Boa
regulação
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